PERIFERIA NO CENTRO
Seja no compasso ternário da valsa ou na batida frenética de um paredão de som, a periferia vibra. Do alto de uma laje ou no corre-corre para pagar o fiado do mercadinho da esquina, há gente que se ajuda para resguardar os seus. Na periferia tem mãe que espera preocupada o filho voltar, mas também tem menino correndo descalço na rua ou soltando arraia no alto do morro. Nesses espaços, que por vezes rompem a lógica da arquitetura, não é preciso questionar se é favela ou orla. Como diz o pagode de Edcidy, “quem não é, não se mete”.
A periferia não é só o que é distante do centro urbano. Ela se define melhor nas regiões com pouca ou nenhuma estrutura e sem serviços urbanos básicos. E ainda tem periferia que também é favela. Para o IBGE, favelas são “conjuntos de, no mínimo, 51 residências carentes de serviços públicos essenciais, que ocupam terreno de propriedade alheia e estão dispostas de forma desordenada e densa”, ou seja, invasões. A esses espaços restam os estigmas da desordem social e do lugar violento, alimentados, muitas vezes, pela cobertura das páginas policiais dos jornais.
O especial Tudo Nosso convida a imergir no dia a dia da periferia e a conhecer suas diferentes gentes e histórias. A 10ª turma do Programa CORREIO de Futuro quis dialogar com uma realidade desconhecida para boa parte dos alunos e também de leitores. “Tudo Nosso” é uma expressão utilizada no cotidiano das comunidades retratadas aqui, que sintetiza a união das pessoas que vivem nesses ambientes. É uma forma de dizer que estão juntas e que são capazes de compartilhar suas qualidades, independentemente dos problemas.
Este especial foi produzido por dez alunos do CORREIO de Futuro, ao longo de três meses. A turma é formada por estudantes de Jornalismo da Universidade Federal da Bahia (Ufba), Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), Faculdade Anísio Teixeira de Feira de Santana (FAT), União Metropolitana de Educação e Cultura (Unime) e Faculdade Social da Bahia (FSBA). O programa é realizado pelo CORREIO, em parceria com a Faculdade Social da Bahia (FSBA) e tem o patrocínio da Odebrecht.
Mais informações Fonte:http://www.correio24horas.com.br/blogs/tudonosso/
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